segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Mãos ao alto!

Meus amigos, esse é mais um desabafo do que um post propriamente dito, ainda estou chocado com o que eu vi no sábado. Calma, calma, não foi assalto nem nada desse tipo não, foi no minimo inusitado e no máximo assutador.

Fui passar o sábado num sitio numa cidade proxima daqui, uns 30 minutos chamada Letts. Brinquei com o pessoal que a cidade se chama Letts porque ela era tao pequena que voce dava uma volta no quarteirão e dizia: Letts go? Pois ja havia acabado a cidade. Chegando lá o pessoal tinha marcado várias atividades, como baseball, basket, Horse shoe (vejam em breve as fotos no picasa, que tenho que pegar com o pessoal). MAS, uma das atividades era? shooting. Até ai tudo bem, tiro ao alvo com tiro de chumbinho, espoleta, algo assim. Doce engano. De repente os caras tiraram do porta-malas dos carros um ARSENAL de armas, meus amigos, o que que era aquilo! Saiu de tudo , saiu 9mm, saiu rifle, 20mm, semi-automatica, enfim, saiu de tudo, até sniper os caras sacaram. E foram caixas e mais caixas de bala. bala do tamanho do meu dedo. E tudo na maior normalidade, para eles como se fosse um equipamento um esporte comum. Bem fomos para o campo de tiro e eu fiquei lá atrás de todo mundo, meio abismado e preocupado, imagina a cena mais de 10 caras fortemente armados, andando assim como se nada tivesse acontecendo...

Chegamos lá e a primeira coisa foi soltar uns fogos para avisar que o tiroteio ia começar. Foram uns fogos com tipo uns paraquedas que voavam para longe (ainda nao descobri para que , mas tudo bem). Pra começar a aventura o cano que lançava os paraquedas caiu e começou a disparar fogos em cima da gente! Eeeeita. Com tanto trabuco na mao quase que a gente e ferra com fogos de artificios, que ironia. Bom melhor que tomar bala. Começou a preparaçao para a "brincadeira". Eu fiquei impressionado com a habilidade dos caras e a rapidez para carregar e preparar as armas. Era um tal de click, clack, tchlec, tchluc, e bota bala, e carrega pente, muito louco. Quando estava olhando um preparando a sua arma, outro po outro lado já estava pronto e de repente: Pow!Pow!Pow!Pow!Pow!Pow!Pow!Pow!Pow!Pow! Eu como bom carioca já me abaixei e corri para um local seguro, pelo menos tentei achar algo. Desse momento eu percebi como eu fiquei traumatizado com aquilo que passei no Rio, tantas vezes. A brincadeira perdeu a graça e aquele barulho deixou de ser brincadeira e vi que aquilo que estavamos carregando eram ARMAS! Claro para o pessoal aqui, que estão acostumados , é como se eles estivessem jogando battlefield ao vivo contra garrafas, mas para mim a cultura é arma = problema. Custou para eu me conformar a ficar ali. Admito que nunca fiquei a vontade com a situação, mas já que estava ali vamos aproveitar da melhor maneira. Resolvi atirar também. Peguei o Sniper do camarada. A arma é bem pesada e o coiçe (acho que é assim de que escreve, na verdade escreve coice sem ç (dica do professor Tulio, a Lenda na hora do almoço)) nao é tao pesado, mas se ficar com mao de moça a arma cai. A mira é IGUAL ao que vemos no video game. Lembro claramente a imagem do meu dedo qdo eu apertei safe, para tirar a arma do safe mode, ou seja, apertou atirou. Nervoso o negócio. Mirei no alvo e larguei o dedo umas 3 ou 4 vezes. Eu sempre fui fã de jogos de tiros e coisas relacionadas a mira. Desde pequeno eu jogava dardos no leblon, e sempre joguei jogos de tiros com armas no fliperama. Mas arma de verdade é TOTALMENTE diferente, a pressao, a precisão, e fora que é uma arma de verdade né. Outro detalhe é que o barulho é ensurdecedor. Muito alto. Tinha uma shotgun lá que deixava voce com zunido quando atirava, mesmo voce longe. Essa mesma arma simplesmente arrebentou , acabou com o alvo.

O que posso concluir dessa experiencia é: a presença desses artefatos tira a paz do ambiente. Só pegando um treco desses na mão para ver como a situacao do nosso querido Rio está ruim, pois para um ser humano mirar no outro e atirar tem que estar com o coraçao muito , mas muito voltado ao mal mesmo. A pratica do esporte é interessante, mas poderia substituir por uma bala de chumbinho algo mais leve, nao precisa disso tudo. Percebi que a relacao dos americanos com relacao a armas é totalmente diferente da nossa, o que faz com que eles olhem mais ou menos assim: atirar é esporte, mirar em alguem jamais, eles tem o maior cuidado com relacao a isso. Não houve nenhuma brincadeira , nem mençao a mirar a arma para alguem.

Depois coloco as fotos comigo atirando e comigo segurando os trabucos.

E eu pensando que com o passar do tempo nao ia mais ter o que escrever no blog. Que engano :) Acho qeu está só começando!

Ufa! Estou vivo!

(agradecimentos à Tulio, a Lenda por ter enviado a foto ilustrativa do blog, alias a unica foto de TODO o blog, hehehe. Valeu Tulioooou!)

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